quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Terror dos aracnofóbicos

(que não foi nada demais)
(mas que aracnofóbicos entrariam em pânico mesmo assim)

Estou no consultório. Percebo um vulto caindo do teto, não sei se animal, se poeira, se goteira. Sinto que me caiu no rosto. Passo a mão para tirar e o serzinho cai ao chão. É um inofensivo papa-moscas, uma aranhinha que não vai me fazer nenhum mal se eu não for uma mosca. Eu não sou uma mosca.


Hora de ir para casa.
Estou dirigindo quando sinto cócegas na testa. Coço, e o serzinho cai na minha camisa. O papa-moscas. Perdeu-se de sua família de papa-moscas. Caiu da minha testa e foi parar caprichosamente no espaço entre dois botões. Não podendo tirar os olhos da direção, não podendo tirar o papa-moscas da camisa, ele entra sorrateiramente e se aninha em algum lugar entre meu corpo e a vestimenta.
Chego em casa. Tiro a roupa para tomar banho.
Cai ao chão um serzinho aracniforme e corre para o canto do quarto. Escolheu mal, não tenho moscas em casa.