domingo, 7 de junho de 2015

Emergência em Diabetes

Quando Emergência se torna um lugar de tratar sintomas, sem se importar com o todo, acontecem coisas assim.
Paciente de 14 anos com queixa de dispneia.
Nebulização com Berotec e Atrovent.
Hidrocortisona.
Solicito radiografia de tórax.
Acontece que o paciente de 14 anos tem diabetes tipo 1, que tinha vindo de um município distante para consulta na Endocrinologia Pediátrica, e ao ser examinado foram detectadas estertorações à ausculta. Por isso foi encaminhado à Emergência.
Alguém perguntou se ele tinha alguma doença? Se fazia algum tratamento? Se usava alguma medicação?
Alguém se incomodou de pedir uma glicemia capilar? Uma gasometria? Alguém pensou se podia ser uma cetoacidose diabética?
Não foi por pressa. Não tinha mais ninguém para ser atendido quando eu cheguei e o menino esperava a nebulização e o médico via qualquer no celular.
E não. Ele não era cubano.

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